Medicos, gosto tanto de vocês - Parte II

Hoje foi o dia dos exames médicos para saber se realmente podia ser funcionária da V ou se não estava em condições para representar a camisola.

Lá me levantei às 7h da manhã, depois de ter adormecido por volta das 5 e pouco (sim, porque não há nada melhor do que chegar ao consultório do médico com um ar completamente acabado e com umas olheiras até ao queixo). Bem, como estava a dizer, lá me levantei a muito custo, tomei um mega banho e saí de casa em direcção ao suposto consultório. Verdade seja dita que não fazia ideia onde era o local, então procurei e procurei um bocadinho mais. Confesso que tive que fazer um pequenino telefonema para descobrir o sítio.

Quando lá cheguei a situação foi a modos que caricata. Duas mocinhas (e digo mocinhas para não chamar outra coisa) estavam calmamente sentadas ao balcão mas como ainda não eram 8h, não atendiam ninguém, foi preciso que o jornalista da RTP fizesse a dita abertura das 8h para que as excelentíssimas senhoras darem por aberto o serviço (comentários para quê?!).

Na altura estavam mais duas pessoas à espera de serem atendidas, mas mesmo assim quando chamaram os nossos nomes trataram-nos como se fossemos pessoas completamente diferentes, apesar de já nos terem dedicado minutinhos necessários para fazerem a nossa ficha.

Quanto à rapariga que me tirou sangue e à mocita que em fez o Electrocardiograma foram muito impecáveis (vá lá!).

O pior de tudo é que já me disseram que vou ter que passar tudo de novo quando for activar o seguro de saúde…

Haja paciência!

Está tanto calor!

Pois é, tanta gente chorou a dizer que este ano não tínhamos direito a verão, que isto ia ser uma tristeza, que o bom tempo tinha desaparecido para sempre e agora choram porque não têm ar condicionado nos respectivos carros, escritórios e casas… Agora choram porque estão a trabalhar, porque não podem ir à praia, porque os transporte públicos são um sufoco com estas temperaturas… ahhhh vá, haja santa paciência! Agora culpam o aquecimento global e tudo mais… pessoal, ainda á dois dias choravam porque estava frio, agora choram porque está calor?!?! Decidam-se!!!

Medicos, gosto tanto de vocês - Parte I

Ontem foi dia de ir ao médico, mas não foi um médico qualquer, foi médico de medicina do trabalho. Não que a diferença fosse muita porque a verdade é que eu não gosto nada dessa raça de pessoas, não tenho tido boas experiências com eles. Mas tudo bem, ontem foi dia de ir ao médico, fazer os exames normais, perguntar pela família, saber tudo tim por tim tim… doença do pai, da mãe, da avó, haja santa paciência…

Deitar na marquesa, fechar os olhos, levar os dedos à ponta do nariz… por momentos até pensei que estava num filme americano a fazer o teste ao álcool, “consegue andar em linha recta?? E tocar com os dedos na ponta do nariz??” Oh amiga, obvio que consigo…

Depois de uma longa conversa decidiu levar-me à balança (velha inimiga, não que tenha uma relação muito forte com esse objecto do demo mas lá que me enerva, enerva…) e com um ar muito altivo perguntou “ E quanto é que a menina acha que pesa?” Quanto peso?! Ora bem, pelos meus cálculos, algures entre x e y… a simpatia lá andou a mexer numa balança, daquelas antigas, a mudar pesos de um lado para o outro… ficou por uns tempos calada, deu um risinho e diz em tom de gozo “ ahh, afinal pesa só x e meio, não lhe ficava nada mal engordar um bocadinho”, minha cara senhora, tenha santa paciência, a senhora também é que não!

No final de tudo lá me passou uma catréfada de exames que tenho que fazer, até parece uma autêntica caça ao homem, ou mulher, neste caso… Bem, há sempre o lado positivo, aproveito para ir fazendo um check-up!

Ai filha, estás velha!

Não há nada melhor do que uma grande amiga fazer anos… Sim sra, lá fui toda contente a uma daquelas lojas a modos que não tão comerciais comprar qualquer coisinha que fosse prenda para ela mas também para o seu “mais que tudo” (já com instruções que não poderia ser nada comestível, o chato da coisa é que ou se vai muito depressa ou se cola completamente ao corpo, ahahah, gato escaldado da água tem medo, certo?).

Isto tudo para dizer o quê, é que realmente a partir de agora, minha caríssima amiga, estás velha (ahahahah, tenho um mês inteiro para te massacrar, há que aproveita-lo bem!), já não podes dizer que tens vinte e poucos, a maior parte das pessoas que encontras na noite já olha para ti como se fosses de outro século, alias… TU ÉS! Se alguma criancinha passar por ti os pais já não vão dizer “Oh Ritinha, peça desculpa à menina” mas sim “peça desculpa à senhora”, já não te vão pedir o BI à entrada e muito menos perguntar se tens idade para conduzir, quando tiveres na loucura da noite vais ouvir musicas dos ano 90, vais delirar e toda a gente vai ficar a olhar para ti como se fosses de outro planeta.. ahhh, cara amiga, estás mesmo velha!

Mas não faz mal, gosto de ti à mesma, mesmo quando começas a ficar gagá, a perguntar se já tomaste o comprimido, quando trocas os nomes às pessoas…

Afinal, VENHAM MAIS15!!!

É oficial!

Entreguei hoje a minha carta de demissão, confesso que de todas as reacções que previa esta não era certamente aquela de que estava à espera mas o mal está feito por isso aqui vai:

Vou de férias! Não vou fazer nenhum, nada, nicles batatoides… quer dizer, se calhar vou apanhar uma corzinha, aproveitar a praia e tal, não me parece mal de todo, ou talvez quem sabe namorar como se não houvesse amanhã, dormir até tarde, deitar-me tarde… vai saber-me muito, mas muito bem mesmo…

E por isso aqui fica: ADEUS!

Nem sempre o tamanho da cana garante uma grande pesca...

Já estou como a outra, cada vez entendo menos os homens e as suas pancadas…

Toda animada lá me preparei para um mega sábado, íamos andar de barca, Sesimbra, Portinho da Arrábida… ia ser giro! Combinamos às 15h30 na marina de Sesimbra, e lá estávamos nós prontos para nos fazermos ao mar… não é que então reparo-me que a espécie masculina presente na nossa incursão marítima estava munida de canas de pesca e mentalmente preparada para nos apanhar o jantar… Lá andamos nós, eram canas, toalhas, morfes e bebes, tudo a saltar para dentro do grande iate…

Apanhamos uma tareia a caminho do portinho que até fez confusão, quem foi o desgraçado que enfureceu os deuses do mar, apanhei uma molha tão grande, saí de lá um autentico pinto! Eu e qualquer um que tivesse dentro do barco, mas como a malta é jóve, toda a gente riu e aproveitou para mandar os stresses da semana para o raio que os partisse…

Mas a loucura da pesca estava no sangue dos nossos machos e a muito custo lá nos metemos a caminho do magnifico local de pesca, a exactamente 7 metros de profundidade, com um rocha no meio que diminuía a profundidade para os seus majestosos 5.7 metros e uma água a uma temperatura fantástica de 16 graus (porra, estava um autentico gelo!!). E assim foi, foi um puxar de canas para fora, eles eram canas, iscos, anzóis, tudo e mais alguma coisa… e no final de contas apanharam 2 peixinhos muito, mas muito pequeninos, o que vale é que o nosso jantar não estava dependente da performance dos nossos mancebos!

Ao fim de umas horinhas, e fartas de estar à espera as donzelas do iate decidiram apressar os machos a arrumar as canas, estava frio e os penteados estavam completamente desalinhados, não podia ser!

Resultado dos resultados, apanhei uma constipação das valentes, gastei uma embalagem de amaciador para tentar tirar o ninho de ratos do cabelo e não jantei peixe…

Péssimismo matinal

Como odeio ressacar de um fim-de-semana sem motivo aparente… Como odeio ficar doente, com dores de cabeça, dores de nariz, dores de olhos, dores de todos os pequeninos músculos que tenho no corpo... Como odeio não conseguir dormir e mesmo assim ter que me levantar de manhã para trabalhar… Como odeio chegar ao espelho e ver que apesar de já tudo estar a correr mal ainda tenho o olho inchado e dorido de uma picada de um bicho feita algures durante a noite que me faz parecer prima do Quasimodo… Como odeio ter que chegar ao trabalho e procurar um lugar para estacionar o carro, levantar dinheiro, trocar dinheiro e pagar parquímetro… Como odeio passar a manha à frente do computador quando os olhos parecem que me vão saltar das orbitas e a cabeça explodir numa questão de segundos… Como odeio ter uma tosse horrível, daquelas que se chamam “tosse de cão” que se ouve num raio de 5 km… Como odeio não poder ir para a cama, dormir e descansar o corpo da noite que me era devida e que não sei porquê me foi roubada… Como odeio…

Como odeio gente estúpida!

Não é que seja uma senhora cheia de sabedoria adquirida ao longo dos anos, mas tenho plena consciência que os “alguns” anos de vida já me derem uma pequena noção do que é ter que viver com outras pessoas e principalmente perceber que nem sempre tudo corre como eu gostaria.

É impensável deixar de falar c X, Y ou Z só porque na minha pequenez achei que me deviam satisfações das suas opções de vida… “Como não agiste da forma que eu queria e estava à espera agora já não falo mais contigo e já não sou tua amiga!” mas isto é comportamento de pessoa adulta?! Se fosses lamber sabão e secar a língua em arame farpado pensavas duas vezes antes de dizer, ou simplesmente pensar, essas anormalidades!

“Ah e tal fiquei muito magoado!” Ai ficaste!? Pois aprende que a vida é assim, caímos, levantamo-nos e continuamos a viver. Passar os nossos problemas e culpa-los nos outros - não é solução! Agir como um puto mimado de 8 anos – não é solução! Criar mau ambiente no grupo de amigos só porque quero que toda a gente saiba o quanto estou magoado e triste e infeliz com a merdinha de vida que ando a levar – NÃO é decididamente solução!

Gente estúpida é do pior que há, pior ainda quando a estupidez é propositada, quando sabem que estão errados mas muito orgulhosos para se comportarem como homenzinhos! Vem falar comigo, talvez daqui a 10 anos, pode ser que tenhas uma mentalidade mais adequada… Até lá nem tentes, porque garanto-te que vais ouvir muita coisa que não vais gostar, e não, não vou ser gentil, ter calma e muito menos controlar as coisas que vou dizer, no medo de não te magoar!

A maravilha do Metro

Isto há coisas que não fazem lembrar ninguem!

Vinha na guerra matinal, de chegar a horas decentes ao trabalho, a furar o mar de pessoas para poder chegar ao Metro quando me reparo com uma senhora e com um miudinho. “Desgraçada da tipa, com um miúdo tão pequeno, carregada até às orelhas a andar de metro a esta hora”. Mas não é que a esperta lembra-se de abrir a cadeirinha do miúdo, por a criança (que nesta altura já estava aos berros) na cadeirinha e esperar calmamente pelo Metro. Claro está que quando o metro chegou a alminha estava pronta para entrar com tudo, armas e bagagens. Resultado, foi engolida pela multidão, empurrada, tudo e mais alguma coisa… mas também, quem é que no seu perfeito juízo decide abrir a cadeirinha do puto em plena hora de ponta?!

Penso, logo digo!!!

Sempre fui apologista do “deitar tudo cá para fora”, em vez de andar a engolir sapos a torto e a direito, se calhar é daí que vem a minha fama de mau feitio, a verdade é que não sou do tipo de ficar calada a aguentar com os ataques dos outros só porque quero evitar confrontos.

Óbvio que não ando a espingardar a torto e a direito, muito menos me passa pela cabeça faltar ao respeito seja a quem for mas bolas, há que marcar posição, não tarda nada sirvo de saco de box, a apanhar com o stress de tudo o que se mexe.

“Sabes, custa-me dizer isto ou aquilo, não me quero chatear, depois o ambiente fica muito pesado”, a questão não é se o ambiente fica pesado ou não, já o outro dizia “quem não chora não mama” ora pois “quem não marca posição é constantemente abusado”! Para além do mais que ficamos a fazer de macaquinhos de circo, a satisfazer pedidos destes e dos outros quando não nos é reconhecido trabalho…Mas que porra, assim só se for masoquismo! Não faz sentido nenhum estar a bater com a cabeça na parede só porque esta está pintada com a nossa cor favorita, se assim for quem é que nos safa a mona?

Se já quando era miúda me diziam “quem diz a verdade não merece ser castigado” e me incentivavam a dizer o que pensava, agora já não há nada a fazer… Também não é preciso atirar com tudo para fora mas pode-se perfeitamente dar uns toquezinhos, umas facadinhas para que saibam que as coisas não estão a correr bem, se tudo ficar na mesma aí sim, é mandar vir a cavalaria e disparar para tudo o que se mexe num raio de 2km…

Arrebentou? Ainda não?! Ahhhh, mas vai arrebentar!!!

Oh I, força com isso e manda-os lamber sabão... sabes bem o que vales não deixes que ninguem te faça sentir o contrário!

Quem é que disse que a vida era justa?!

Já o outro dizia, quando uma coisa pode correr mal vai correr mal certamente. Cheguei ao ponto da minha vida em que estou farta de ouvir toda a gente a queixar-se: “Ele já não me compreende”, “ ninguém gosta de mim”… Ora pois claro, se eu estivesse o dia todo a queixar-me disto e daquilo garanto que ninguém tinha paciência para me aturar…

Sim, toda a gente tem direito a ter fases mais complicadas, em que as coisas parecem estar a correr mal mas bolas, que tal um pensamento positivo de vez enquanto? A vida corre mal?!? Pensamento positivo – Agora é sempre a subir, descer já não é possível.

O pior de tudo é que quando se junta uma “Maria das Lágrimas” logo logo aparecem mais umas cinco ou seis, chego mesmo a pensar que é doença infecto-contagiosa. E é claro, se um choramingas incomoda muita gente, ter um bando deles à volta a falar de infelicidades incómoda muito mais.

E que tal irem chorar para outro lado?! Também tenho os meus stresses e não os ando a vender a qualquer um que passa à minha frente, senão ainda matava algum desgraçado de tanto sofrimento… Sempre ouvi dizer que "um homem não chora" (e aqui mulher também serve), não que seja apologista de teorias machistas ou femininistas mas lá que não há paciencia para aturar pessimistas é verdade.

E que tal ocuparem o tempo, é que nem precisa de ser com algo util, pratiquem desporto, aulas de canto, pesca, ir dar milho aos pombos…. Epa, criem um blog!!

A Tenda da má-língua, corte e muita costura

É engraçado como a maior parte das pessoas descontrai bastante quando está fora do ambiente de trabalho, sem obrigações, sem gravatas e principalmente sem stresses.

Lá decidimos nós ir beber um copito depois do jantar, combinamos todos no Tuareg. Aconteceu algo de inédito, primeiro não estava a arrebentar pelas costuras e depois ainda nos conseguimos sentar na tenda, mesmo ao fundo. Aí sim, parecíamos uns sultões, esparrachados nos puffs e a meia-luz.

Aproveitamos para matar dois coelhos de uma só vez, festejávamos a nota do último exame da I (parabéns monguita!!!), aproveitamos para fazer uma despedida à maneira do M. Sentia-me uma daquelas senhoras mais “antigas”, as conversas só rondavam o trabalho, as mudanças de trabalho e o quanto feliz ou infeliz que cada um tinha sido, quem nos ouvisse até pensava que éramos “gente grande”.

Mas claro que não alegrias não acabaram por aqui, a J decidiu levar o seu mais que tudo e um amigo a condizer e para encher o olho à menina I (e olhem que ela até gostou do que viu, magnifico!), é tão giro ver estes caldinhos em movimento!

Quanto a mim, desbocada como sempre não deixei de dizer os meus mega disparates mas quanto a isso já não há grandes novidades!

Condutores de Domingo

Isto realmente há com cada uma… Como é que é suposto uma pessoa reagir com apanhar pela frente um condutor daqueles muita nabos? Daqueles que andam a 20km/h e mesmo assim estão constantemente a travar?

Ao início até se aguenta, “coitado, não deve estar habituado a conduzir no trânsito da cidade” mas à medida que o tempo vai passando e a nossa pressa aumenta o desespero começa a ser cada vez maior, até que chega a um ponto que se perde a calma “ SAI DA FRENTE OH NABO DO CARAÇAS!” o pior é que se tivermos a infeliz ideia de apitar a o desgraçado fica cada vez mais atrapalhado.

E agora se o condutor nabo estiver fardado num carro que diz PSP?! Qual é a reacção que se deve ter? Obviamente que não me vou por a apitar feito louca, a fazer sinais de luzes nem tão pouco perder o tino… Há que engolir, respirar fundo, contar até um milhão e se formos realmente corajosos, quando passamos ao lado do dito cujo olhamos e fazemos um ar reprovador, viramos a cara rapidamente em frente (não vá o Sr. Nabo da Autoridade achar que o estamos a desrespeitar) e seguimos caminho.

Claro que toda a gente tem genoma “Nabus Conductoris” e quando assim o é não gostamos de ter o “Brutus Stressadus” no carro atrás a apitar e esbracejar, o pensamento automático é “se tens pressa passa por cima!” muitas vezes acompanhado com o gesto da mão.

Será que o calor, juntamente com a enorme necessidade de voltar a casa ao final do dia nos torna uns verdadeiros animais do trânsito? Ou a partir do momento em que tiramos a carta é-nos passado via subconsciente uma aula teórica de animalisse?

Quanto a mim claramente que sim e não há nada a fazer, a não ser que me inscreva numa daquelas terapias de paz de espírito ou num curso de Yoga (que não iriam resultar).

O prazer do pipocar

Ora aí está um óptimo tema: PIPOCAS!

Não que haja muita ciência por trás deste belo petisco, mas como prometi ao J que escrevia um post sobre este tema, aqui vai:

Cientificamente: A pipoca (do tupi antigo pira - pele + pok - estourar = pele estourada) é um prato brasileiro feito a partir de uma variedade especial de milho, que explode quando aquecido.

Dia-a-dia: Podemos comer pipocas praticamente em qualquer sítio que nos passe pela cabeça, num bar, no cinema, em casa, desde que haja imaginação e vontade há que pipocar!

E ai de quem diga que não gosta de pipocas, é simplesmente impossivel, com tanta variedade que há por aí (sim, porque longe vão os tempos em que as pipocas ou eram doces ou salgadas), dificilmente não se encontra um sabor ao gosto de cada um... se bem que a mim não me convecem, a baixo as pipocas com sabor a queijo e viva a old school, PIPOCAS QUEREM-SE SALGADAS!