quarta-feira, maio 21

Gostava de saber até quando é que este ping pong vai durar… as gasolineiras queixam-se dos impostos do Estado, o Governo pede à autoridade da concorrência para verificar se está tudo OK. A verdade é que só neste anos já tivemos 19 aumentos do preço da gasolina e se “antigamente” compensava comprar um carro a gasóleo acho que muita gente deve estar por aí a bater com os punhos no volante, já nem isso os salva. Não sei bem ao certo o que se passa, sei que não é só pelo o aumento do petróleo até porque aqui ao lado (e leia-se Espanha) temos mais de 20centimos de diferença do preço.

Ouvi dizer que no ultimo ano mais de 8% do mercado dos combustíveis foi migrado para Espanha, isto porque os portugueses preferem pagar os IVA’s e o restantes impostos idiotas em terras de outros povos, confesso que gostaria de ver esta percentagem aumentar. Mas para quem não entende esta minha paranóia com os impostos aqui vai um breve exemplo:

- Os caríssimos vão no respectivo maquinão e decidem por combustível. Até aqui tudo bem, certo?! Vamos supor agora que vossas excelências decidem por €10, sabem quanto disso é que é imposto e quanto é que vai para as gasolineiras? Alguma ideia? Uma noçãozinha?! Pois é minha gente, vamos arredondar as coisas e dizemos que destes €10 que gastaram cerca de €6,4 vão para o bolso do Estado. Chocados?! Então vamos pensar, como estamos a falar de percentagens, quanto mais o preço da gasolina aumenta, mais estes camelos ganham (valores absolutos, claro)

Portanto, e como já podemos esperar, o Estado não vai reduzir impostos, tem um orçamento para cumprir e baixar a receita devido à diminuição do imposto é que não… aliás, já dizia o outro idiota que neste momento o aumento de imposto que tivemos no ultimo “reinado” do “porreiro pah” equivale a mais 10 dias de trabalho. O resultado é simples, os tipos das gasolinas não vão baixar preços, vão aumenta-los e a um ritmo alucinante. Os tipos do estado não vão baixar os impostos, imaginem lá quem é o mexilhão que se lixa?! Any ideas?!

segunda-feira, maio 12

Preocupações da "juventude"

Realmente eu devo ser uma tipa que não tem as prioridades definidas como deve de ser, quer dizer com tanta coisa importante que se passa nos nossos dias não sei o que hei-de dizer sobre as palavras do nosso querido presidente. Hoje nos jornais a palavra de ordem é: “Cavaco Silva disse hoje que o "alheamento da juventude é mais grave que o das gerações mais velhas".

Ponho-me a pensar no que realmente importa na vida da “juventude” e porque é que estes são alienados da politica, será que é porque infelizmente a vida não corre bem e porque têm coisas realmente importantes com o que se preocupar?! Será que é pelo facto de terem de contar todos os tostões para poderem chegar ao final do mês, ou então não conseguirem sequer sair de casa dos pais porque estabilidade económica é uma coisa que não existe nos nossos dias? Será porque estão a recibos verdes e que podem ser postos no olho da rua de um dia para o outro?! Será porque a maior parte da “juventude” está seriamente a pensar sair do país onde nasceu em busca de novas aventuras e de uma vida com um futuro maior do que os 9 meses de contrato a termo?! Naaa, claro que não pode ser, não são razões justifcativas!

Confesso que não entendo estes senhores, os mesmos que nos pedem mundos e fundos e que depois gastam dinheiro de um ano para o outro só para não verem o seu orçamento anual “diminuir”, que arranjam empregos para os amigos e primos e tudo o mais de forma escandalosa e que no final ganham reformas ofensivas ao final de 10 anos de descontos…

O mais engraçado é que no final, estes mesmo que senhores que tomam decisões idiotas nos venham pedir satisfações sobre os nossos interesses e preocupações. Que nos aparecem a dizer que a nossa preocupação com a politica é algo fundamental para o país… fundamental é que a “juventude” consiga ser estável na vida, de deixar de ser dependente dos pais… e nem sequer se atrevam a dizer que o que nos falta é responsabilidade...

sexta-feira, maio 9

Assim se fez

A cabeça começou a pesar-lhe, não era normal que ao fim de tanto tempo a lutar e matar pelo projecto que ainda lhe viessem perguntar idiotices como “nós também temos isto?”. Isto dava-lhe cabo do juízo, tirava-a do sério, até porque se depois de tanto esforço investido era impossível que a coisa fosse desconhecida.

A realidade era dura e crua, até porque parecia que estavam sempre um passo atrás, sempre em segunda linha e com graves dificuldades em conseguir manter a posição que por tanto tinham perdido sangue e investido. Não que a culpa fosse deles, toda a gente sabia que se em dias se está por cima noutros se está por baixo, mas mesmo assim era difícil de engolir e adoptar tal posição de fraqueza.

Conhecimento não lhes faltavam, vontade também não mas o sentimento de impotência era cada vez maior. Nada os levava a lado nenhum, se as coisas pareciam estar a correr bem e todos se começavam a animar vinha a chapada na cara de luva branca para os trazer à realidade… Não que se tivessem resignado à situação, ninguém trabalha para ser o segundo melhor, por isso é que era bons, estavam prontos para se lançarem às feras e reaver o que já tinha sido deles… por isso se tinham equipado, por isso tinham abraçado a luta com dentes e garras de fora…

quinta-feira, maio 8

E mais outra

Mais uma viagem mais uma vez as coisas correm mal.
Confesso que começo a pensar que estou com um mau olhado ou um bruxedo em cima de mim, não há maneira de conseguir ter sorte com estas viagens à terra de sua majestade.

Tudo começou por correr bem, o avião até não saiu muito atrasado, consegui ser uma das ultimas a entrar e a ter um lugar relativamente decente, pela primeira vez não fui posta nos lugares do fundo, a única coisa que me separava da classe executiva era a cortina, revistas e menu à base de pão. Estava tudo a andar como desejado quando reparo que entra um casal com uma criancinha de colo e se sentam atrás de mim. Se na altura estava com esperanças que ia ser uma voo relativamente calmo, após o casal sentar o batraqueozinho atrás de mim tive a prova que tal seria impensável.

Nunca fui dada muito a crianças, o meu instinto maternal anda a rondar o nulo e se me perguntarem porque acho que este é um perfeito exemplo. Ao inicio o casal tentou manter o monstrozinho calado, as “assistentes de bordo” (não quero ofender ninguém mas depois de tantos nomes fico sempre com medo de as chamar de hospedeiras) deram-lhe uns livros e lápis para ver se calavam o petiz. Nada resultou, raios partam o miúdo que nada o calava. Ele berrava, chorava, tossia e babava… Como é suposto uma pessoa ter paz no meio disto tudo.

Para piorar (sim porque pode sempre piorar) andamos às voltas no céu de Londres durante 45 minutos até conseguirmos aterrar. Neste momento a viagem já estava cerca de uma hora atrasada. Mas o que começa por correr mal tem uma grande tendência para continuar mal. Saí do avião, passei o controlo alfandegário e dirigi-me ao afamado comboio super rápido. Claro está que perdi o comboio e tive que esperar mais 30 minutos pelo seguinte.

Eram 23h30 quando cheguei ao hotel, cansada, mal disposta, cheia de fome. Fiz o check-in para descobrir que tinha sido recambiada para o pior quarto do hotel, no ultimo andar no ultimo corredor e na ultima porta. O quarto era mínimo mas o cansaço era tanto que acabei por desistir. Resultado, pedi o afamado room-service que para não destoar do resto das coisas estava péssimo, o que me leva a outra coisa: será que estes tipos não sabem cozinhar?!

segunda-feira, maio 5

Desespero de causa

Eu gostava de saber como é possível ligar para uma linha de suporte técnico e saber mais do que os idiotas que estão do outro lado. Começa a ser desesperante até porque eu não sou uma pessoa muito entendida da coisa, mas ligar para uma linha de suporte e ter que explicar à alminha que está do outro lado do que estou a falar tira qualquer um do sério.

Pior que isto é ser direccionada para uma linha de apoio muito especializada na coisa e ouvir uma vozinha idiota do outro lado que, ao fim de não sei quantos minutos sem nos dar resposta, nos desliga o telefone na cara.

Expliquem-me agora caríssimos senhores como é que uma pessoa com a minha licenciatura em mau feitio e mestrado em falta de paciência lida com uma coisa destas?! Mas claro que isto não é tudo, até porque ao fim de não sei quanto tempo a tentar falar com alguém com mais do que meio neurónio lá me disseram que tinha que esperar pelo contacto de uma 4ª pessoa que era muito, mas mesmo mesmo muito especializada. Sabem quando é que este animal me ligou?! Ora dou-vos uns segundinhos…. Pois muito bem, este camelo amestrado ligou-me ao meio dia, hora em que toda a gente está em casa à frente do modem / router à espera de um telefonema… mas isto é um comportamento de uma empresa de prestação de serviços ao publico?!