segunda-feira, dezembro 29

Gostava de saber...

Gostava de perceber porque é que quando uma pessoa se propoe seguir um plano, um conjunto de acções bloqueia na altura final e finge que tudo está a correr perfeitamente...

Gostava de saber por quanto mais tempo vão insistir em manter os olhos fechados e se convencerem (ainda por cima mal!) que a imaginação deles é muito fértil e que tudo não passa de um mal entendido...

Gostava de saber em que planeta é que um "erro de sistema" é justificação ou desculpa para encobrir uma mentira que é mais do que obvia...

Gostava de saber até quando é que uma pessoa se deixa manipular, mesmo sabendo que está a ser manipulada e nada faz para o evitar...

Gostava mesmo de saber porque é que se insiste em levar uma pessoa ao colo quando é mais do que óbvio que isso apenas servirá para atrofiar e "despreparar" seja quem for para o futuro...

Há coisas que acho que nunca farão sentido na minha cabeça, quando uma pessoa faz algo de errado deve ser repreendida, deve ser avisada de que o que fez está incorrecto, deve lhe ser indicado o caminho correcto... Para mim, demasiada protecção cria pessoas atrofiadas, pequenas, não habituadas a sobreviverem por si só... cria pessoas dependentes, com caprichos e mimos em demasia...

Mas se da mesma forma me dá esta urticaria toda, sei de igual forma que se tudo correr como espero (e que fique claro que espero com infelicidade) não serei eu a esticar a corda nem bóia de salvação...

E assim lavo as minhas mãos, tal e qual Pilatos fez à alguns anos atrás... a única diferença é que eu o faço de consciencia tranquila...

sexta-feira, dezembro 19

Agarrem-me que eu vou-me a eles!

Quando digo que estou farta de camelos e que esta gente me consegue esgotar a paciência com perguntas parvas e vocês se põem a pensar do que estou a falar aqui vai um pequeno exemplo:


Breve contexto: Uma alminha que trabalha na área comercial da V está com uma duvida existencial em relação à taxação de um determinado tarifário, pelo que decide enviar um email onde pede ajuda. Até aqui tudo bem, não fosse a dúvida da criança completamente idiota…


(preparem-se pois aqui vai)


1º email: “A dúvida”

Boa tarde,

Tendo em conta a descontinuidade do tarifáfio XXX, solciito esclarecimentos de como funciona o mesmo.


2º email: “Primeira tentativa de resposta”

Boa tarde S,

A informação que pede é a seguinte….. (onde foi explicado tudo tim tim por tim tim…)


3º email: “ A dúvida – a sequela!”

Boa tarde

Cliente não percebe é como é feita ( de quanto em quanto tempo) a taxação?


4º email: “A segunda tentativa de resposta frustrada”

Aqui volta a ser explicado com tudo de novo… (esgotante)


5º email: (e agora é que isto fica giro!)

Boa tarde

Sim eu isso já tinha percebido, o que acontece é que cartões estão inseridos em camiões da empresa que estão a ser mnonitorizados.. esta comunicação é feita constantemente quando o camião está em andamento.. é quando o cliente acede ao software? È essa a dúvida pois a factura não é muito esclarecedora pois há comunicações a meio da noite ( deve ser quando o camião começa a andar) e depois só passado meia hora , 20 min.. não é certo...é essa a dúvida


Aqui comecei a ficar baralhada? Mas que raio de duvida? Será que é suposto eu saber quando é que os camiões funcionam?! Terei que saber a marca dos pneus e o óleo usado no motor??


6º email: “A esperança”

O tráfego só é contabilizado quando há transmissão de dados. O facto do camião estar a andar ou parado em nada vai contribuir para que haja ou não taxação.


7º email: “A dúvida continua”

Entao como se explica as taxacoes as 5 e 6 da manha quando a empresa esta fechada mas o camiao a andar?


E é assim que se perde a cabeça… seria de se esperar que uma pessoa que trabalha na área comercial soubesse as características base do produto, ou pelo menos que soubesse minimamente o conceito de funcionamento…


Gostava de saber como é que uma pessoa mantém a calma quando o nível de estupidez é cada vez maior??

Não stresses, expulsa o negativo aí de dentro...

Juro que vou tentar seguir isto!


quarta-feira, dezembro 17

Ursa – Teoria daquela que hiberna

No seguimento da bicharada aqui vai mais uma das minhas teorias…


E em honra ao frio que tem estado hoje venho falar-vos da “Ursa – Teoria daquela que hiberna”


Bem sei que as relações humanas são complexas de mais para serem minimizadas a umas comparaçõezinhas sem sentido nenhum, mas a verdade é que se começar a olhar para as pessoas que estão à minha volta acho que consigo associar um animal a cada uma delas. Se anteriormente falei de vacas e avestruz, hoje queria falar da ursa.


Como toda a gente sabe todos os ursos sentem aquele chamamento que os faz hibernar, cortar relações com o mundo e ficarem quietinhos num buraco qualquer. Não que esteja a chamar urso a ninguém, mas a verdade é que conheço muito boa gente que quando encontra uma cara metade decide hibernar por completo, fecham-se em copas e nunca mais falam com ninguém.


Bem sei que a malta tem tendência a sufocar-se naqueles primeiros semanas, vá.. meses… podemos chamar paixão, atracção, tesão típica de quem agora está a descobrir o outro, que nos faz viver e respirar a outra pessoa. Não compreendo pois aqueles relacionamentos em que ele impõe regras e tenta controlar os passos dela. Não gosta que ela jante com as amigas, não acha piada que ela almoce com os colegas do trabalho; não gosta que ela tome cafés com amigos que conhece desde os 6 anos… E ela coitada, como é fraca de espírito vai aceitando as suas imposições, entrando num estado de hibernação tal que se esquece de amigos e colegas para se dedicar unicamente à sua relação.


Claro está que mais tarde ou mais cedo a ursa acorda da hibernação e repara que as suas amizades estão magras, que passou demasiado tempo a dormir e que agora tem tempos difíceis pela frente para retomar tudo aquilo que perdeu enquanto hibernava. Tenta alimentar de novos as amizades, mas a verdade é que ela parou algures no tempo, deixou de fazer parte da vida deles, e quando tenta voltar atrás as realidades são diferentes... Não que seja impossivel à ursa voltar à vida que tinha antes de hibernação, mas a verdade é que após tanto tempo parada o esforço em reatar laços torna-se cada vez maior...


terça-feira, dezembro 16

A Avestruz – Teoria daquela que se recusa ver

No seguimento dos post’s anteriores vinha aqui falar-vos de uma outra teoria minha e que gostaria de partilhar com vocês: “A Avestruz – Teoria daquela que se recusa ver”.


Se há coisa que aprendi é que é preciso ter algum cuidado com as opiniões que damos em relação a assuntos como namorados, relacionamentos, paixões e afins. Sinto sempre alguma comichão atrás do pescoço quando sou confrontada com este tipo de duvidas, porque sinto sempre que me estão a fazer uma pergunta com rasteira.


É sobre esta temática que vos venho apresento a minha teoria da avestruz – aquela que se recusa ver. A avestruz tem muita dificuldade em lidar com a realidade, apesar de saber exactamente o que se passa, prefere sempre fazer passar-se por parva e fingir que desconhece o que se passa à sua volta. Como não gosta de tirar conclusões sozinha, tem por hábito pedir opiniões às pessoas que a rodeiam, mas não gostando de ser confrontada com a crua verdade fica ofendida se a pessoa a quem pede opinião lhe diz a verdade tal como ela é.


É nesta altura que decide por a cabeça no buraco e cortar relações com todos aqueles à sua volta que não partilham a sua visão. Chega mesmo ao ponto de deixar de falar com amigos, pois acusa-os de mentiras, de lhe querem acabar com a relação, como se eles tivessem algum interesse em aturar este tipo de merdas e dramas. Entretanto a avestruz continua a enfiar a cabeça mais fundo, pois apesar de saber perfeitamente a verdade prefere viver no seu pequeno mundo de mentiras, e por isso se vê cada vez mais isolada.


Hoje em dia já não dou opiniões deste tipo a ninguém, se há coisa que aprendi é que as pessoas não gostam de ser confortadas, portanto se alguém vos pedir uma opinião deste género mais vale perguntarem logo de seguida se essa pessoa quer ouvir uma resposta verdadeira ou se quer ouvir a resposta que lhe convém, assim evitam problemas de maior.


Não há paciência para avestruzes, são pessoas inseguras, com medo de por um ponto final nas coisas, preferem procurar apoios para que os possam culpar caso as coisas não corram bem. Infelizmente é mais normal encontrar mulheres avestruz do que homens avestruz, se bem que quando encontramos um espécimen masculino estamos perante um caso muito mais preocupante pois normalmente são mais neuróticos e compulsivos.

Pequena nota...

Depois de uma conversa rápida cheguei à conclusão que a "Vaca Nova - Teoria da Vaca Velha" não é a única que faz ponte entre o mundo animal e o nosso mundo. Assim sendo, decidi dedicar algum tempo à bicharada e começar a fazer paralelos entre os dois mundo.

Pode ser que se consiga iluminar algumas almas perdidas que andam por aí (ou talvez não). Portanto, me aguardem!

segunda-feira, dezembro 15

Vaca velha, Teoria da Vaca nova!

Há uns anos atrás li um livro daqueles meio cor de rosa mas que, de uma forma simples e muito engraçada, fala de grandes verdades. Basicamente o livre falava sobre uma teoria “Vaca nova, teoria da vaca velha” e transpunha esta teoria para a realidade humana.

Falando depressa e bem, a teoria da vaca velha é a seguinte:

Numa criação de gado temos 3 tipos de animais, as vacas (leite, carne e procriação), os touros “normais” (carne) e os touros garanhões (procriação e carne). Tendo em conta isto, cientistas chegaram à conclusão que um touro nunca cobre a mesma vaca mais do que uma vez. Basicamente uma vez molhado o pincel o touro não volta lá, não há química, não há nada que o volte a atrair, já não há nada de novo. Ao inicio os cientistas acharam que isto era “frescura” do touro então decidiram alterar as vacas já cobertas, mudaram-lhes o cheiro, pintaram-nas, sempre à espera que o touro fosse lá outra vez. Verdade das verdades é que o touro reconhecia sempre a vaca velha de baixo de tanta pintura e operações plásticas e rejeitava-a, outra vez mais.

Acho que esta pequena experiencia cientifica serve para explicar muita coisa nas relações humanas. Para mim a velha máxima de “águas passadas não movem moinhos” é das mais verdadeiras que temos. Não vale a pena andar a fritar a cabeça por coisas que já passaram, tentar voltar atrás numa relação que já acabou mais de 20 vezes, quando as coisas estão condenas à morte. A sério, aquele tipo não pode ser o homem da vossa vida se passam todas as horas a discutir sobre as coisas mais parvas, não é o homem da vossa vida se não conseguem concordar com uma única coisa que seja.

Sabendo isto porque é que se metem em dietas parvas, pintam cabelos, unhas, ginásio até morrer sempre com a esperança que com as novas alterações o tipo vos aceite de volta?! Faz-me confusão como é que uma mulher se pode rebaixar tanto, ao ponto de estar disposta a mudar o seu estilo de vida e a si mesma na esperança de voltar para uma relação que está condenada desde o inicio. Depois queixam-se que ele não vos liga, depois ficam frustradas porque fizeram tantos sacrifícios para nada…


Muitas vezes, a vaca juntava-se a outros touros, daqueles que só serviam para a carne, na esperança que o touro alfa as visse e ficasse com ciumes, que voltasse para ela, para que fossem felizes e contentes juntos. A verdade é que o touro alfa não mostrava interesse nenhum, e todas as tentativas da vaca era deitadas ao chão.

Minhas queridas, há coisas na vida que são fatais como o destino, e a verdade é que a maior parte das relações estão condenadas a falhar. Se partimos do pressuposto que o “príncipe encantado” realmente existe ele, (coisa que não acredito!) então ele será o único na nossa vida, a unidade no nosso 100%. Continuando o pensamento, isto significa que 99,9999% das nossas relações vão acabar mal, ou numa perspectiva mais optimista da coisa, 99,999% das nossas relações são para o “que é que é” e não para algo sério.


Gostava de perceber o que vos atormenta tanto, ao ponto de se sentirem obrigadas a encontrarem alguem que vos (in)complete. Porque não aproveitam o que anda por aí no pasto? porque não vivem a vida como ela é suposto ser vivida, com calma e prazer? Sempre ouvi dizer que quanto mais se procura, menos se encontra... aprendam, experimentem, bolas: VIVAM!

Portanto deixo-vos um conselho (se é que posso), deixem-se de lamechices e de olhar para trás, olhem para a frente… até porque nada nos disse que a teoria da vaca velha é unicamente masculina. Porque se numa criação bovina o único “cobridor” é o homem, a nós nada nos obriga de sermos sempre a “vaca” da relação… Se estão fartas de serem vacas que se transformem em touros! Não reciclem namorados, paixões ou frituras… sigam em frente e aproveitem o machedo que anda solto por aí…