O ataque dos morangos assassinos

Ontem fui assaltada pela onda morangos açucarados.

Como estava habituada a belos finais de tarde no ginásio, com o meu belo mp3, calminha e sem stress.
Ontem cheguei ao lugar do costume, respirei fundo e meti os pés na passadeira, tudo o que seja correr menos do que 3 km’s é inaceitável! Lá fui, corri, corri… corri até não conseguir mais, fiz a recuperação e voltei a correr.

Estava em grande passada quando um jovem decide ocupar a passadeira ao lado, até aí tudo bem. Continuei a correr, “as dores nas pernas nada significam por isso aumenta a velocidade” e lá me ia aguentando. Não é que aquela desculpa esfarrapada de homem começa a gemer na passadeira… sim, a gemer na passadeira! Eu que por regra já não consigo ouvir aqueles armários pré-fabricados a gemer quando levantam peso, podem imaginar a minha cara na passadeira… Pois é desisti a meio, parei e fui tratar do resto do corpo.

Comecei a olhar à volta e reparei que o ambiente estava estranho, muita mulher na zona dos alteres, mas que raio se passa?! Após alguma investigação reparei que estavam lá dois morangos e a camada jovem feminina andava louca. Eles sim, sorriam, levantavam pesos, gemiam, sorriam de novo. Por momento pensei que ia presenciar uma daquelas cenas típicas de filmes em que o macho tira a t-shirt para limpar a cara e volta ao trabalho...

Os professores, que já estavam habituados à coisa, olhavam para a minha cara de espanto e riam-se: “o feitio, isto agora é assim, sabes como é que as coisas funcionam, o ginásio fica famoso e começam a aparecer estas aves raras e respectivos bandos” e a verdade é que realmente de pássaro em via de extinção tínhamos lá muitos…