Ao fim de muitos anos (vá, não são tantos assim) continuo a notar que a mentalidade das pessoas ainda está presa a antigos preconceitos, mesmo quando estamos numa época em que insistimos pregoar que a igualdade está aí para todos aqueles que a queiram agarrar, mas a verdade verdadinha é que mesmo assim continuamos presos às antigas amarras.
Não, não estou a pedir igualdade só para determinadas coisas, muito menos só para aquilo que me convém. Não acho justo que um homem pague mais para entrar numa discoteca que uma mulher, não concordo com as ladies night sem uma men’s night, não concordo que seja sempre ele a pagar a refeição, os cafés e tudo mais. As coisas têm que ser divididas e é exactamente isso que eu tento fazer.
Isto porquê? Bem, porque me deixa angustiada ter que ser vista como uma “major bitch” se quero ser alguém no trabalho, porque não suporto a ideia de que (e apesar de me dizerem que não) ter que trabalhar o triplo do que um gajo só para receber metade do que ele recebe. Dá-me umas náuseas do caneco só de pensar que se por acaso (tiver um amoc gigantesco, perder a cabeça e endoidecer de vez mas, e muito por exemplo) quiser ter filhos andar stressada a pensar como vai ser, se não vou ser despachada no final da licença de maternidade para uma área de encaixe, sem trabalho, sem coisa nenhuma.
Acho que a coisa agrava-se quando estamos em industrias habitadas pelo sexo masculino, porque se já é complicado competir no nosso campo imaginem agora quando eles pensam que estamos a invadir o seu território. Chega uma altura que uma tipa é acusada de tudo, de ser mulher e não perceber nada de nada, de ser nova e não ter experiencia, de ser velha e não compreender as inovações… acho que é por isso que sempre que se encontra uma mulher num cargo mais elevado que nos deparamos com alguém ressabiado, com alguém que já está tão formatado que se esquece um pouco do sentido das coisas.
O mais engraçado é que se por algum motivo um homem adopta uma ou outra característica mais feminina (e não estou a falar de jeitos da mão ou tiques de linguagem) é automaticamente olhado de lado, até porque a sociedade não pactua com este tipo de coisas, há padrões morais que todos temos que seguir, tal e qual como carneirinhos a caminho do pasto.
Ainda tenho muitas coisas que quero vir a fazer, só espero nunca me tornar naquele tipo de mulheres que perderam de si para se formatarem e igualarem a imagem masculina, ainda tão apreciada.
Gosto desta musica, acho que se fosse possivel dizer tudo de uma forma muito curta seria assim. Não encontrei uma versão decente, portanto fica a letra:
And cut their hair short
Wear shirts and boots
'Cause it's OK to be a boy
But for a boy to look like
a girl is degrading
'Cause you think that being
a girl is degrading
But secretly you'd love to
know what it's like
Wouldn't you
What it feels like for a girl
Silky smooth
Lips as sweet as candy,
Tight blue jeans
Skin that shows in patches
Strong inside but you don't know it
Good little girls they never show it
When you open up your mouth to speak
Could you be a little weak
Hair that twirls on finger
tips so gently,
Hands that rest on jutting hips repenting
Hurt that's not supposed to show
And tears that fall when no one knows
When you're trying hard to be your best
Could you be a little less
Do you know what it feels like in this world
What it feels like for a girl?
3 comentários:
ai estas nossas conbersetas! :P
ehehehehe...
é verdade... está dificil... muito muito...
Mónica: há cabra e cabra:) mas sim, para mim sempre serás Samantha:D
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