Acordo mais uma vez com aquela sensação de que o tempo passou depressa de mais para o meu gosto. A vontade de sair da cama é menor que nenhuma mas a cabeça ordena ao corpo que este se mexa e lentamente ele vai respondendo. Lá fora está um frio desgraçado, a ideia de sair de baixo do edredão é tão má que me provoca um daqueles arrepios que percorrem a espinha de ponta a ponta.
Os sonhos da noite passada foram estranhos de mais para permitir descanso, tal e qual como tem acontecido nos últimos dias… bolas, preciso mesmo de descanso… Ao fim de ter prolongado o sofrimento do despertador durante 30 minutos forço as pernas a sair da cama e vou em estado zombie enfiar-me no banho. Estou com aquela estranha sensação que se demorar tempo de mais de baixo da água quente acabo por adormecer, tento despachar-me o mais depressa possível, já estou atrasada outra vez.
Os olhos estão vermelhos e inchados, a cabeça parece que vai explodir nos segundos que se seguem; a voz já está rouca, pronta para cantar o fado. Cheguei à conclusão que algo vai ter que ceder, estou esperançosa que não seja eu. Faltam exactamente duas semanas para entrar de férias mas o corpo já pede descanso, acho que é nestas alturas que sinto saudades dos tempos em que podia simplesmente desligar o despertador e decidir que não ia às aulas, que ia simplesmente ficar a dormir a manhã inteira.
Isto de ter um trabalho, de ter uma rotina acaba comigo, a vontade de ficar na cama continua mas aquela história da responsabilidade que nos faz fazer as coisas “como deve de ser” obriga-me a mexer. Vou pensando no fim-de-semana que se aproxima, afinal de contas esta semana está a ser mais curta, não falta assim tanto. Se bem que a ideia de viver para o fim-de-semana seguinte é desanimadora, principalmente agora nesta magnifica altura em que somos quase que obrigados a um consumo desenfreado só porque estamos naquela época especial.
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