Há alguma tendência para as pessoas arranjarem justificações quando as coisas não correm como seria suposto. Cheguei mesmo à conclusão que as pessoas mudam opiniões/reacções quando a situação é ou não com elas. Todos somos tolerantes quando as coisas nos dizem respeito a nós, gostamos que toda a gente se “ponha no nosso lugar” mas no que diz respeito a usar os sapatos de outras pessoas, toda a gente torce o nariz. “Ah e tal, nem imaginas o que tive de suportar, nunca me passou pela cabeça ter que lidar com uma situação destas, devias ter visto o que é que fulano X ou Y lhe fez, como podes imaginar isso deixa uma pessoa em baixo”. Claro que deixa, mas quando a situação foi a mesma e o senhor era a besta que estava a massacrar a humanidade não pensou que no “isso deixa uma pessoa em baixo”.
Cada vez me enerva mais a dualidade com que as pessoas tratam as situações, é o simples e puro olhar para o próprio umbigo e fazer tudo por tudo para que as suas necessidades sejam satisfeitas em primeiro lugar. O pior de tudo é ter que engolir em seco, em bom de não criar situações estranhas, para que tudo corra lindamente. A verdade é que com estas brincadeiras dignas do 3º ciclo se perdem muitos laços, e não digo que se perdem durante um mês, um ano, perdem-se para um vida… Há coisas que não se esquecem, nem mesmo quando a memória é curta, principalmente quando nos aparecem das formas mais estranhas e das pessoas que menos esperamos…
Tu... tu desiludiste-me
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