terça-feira, fevereiro 26

Jogando ao óbvio

Após as minhas desgraças provocadas por falta de força nas pernas ou por falta de atenção ao pavimento exterior o melhor que me podia ter acontecido é dar de caras com a mesma pergunta:

“-ai coitada, o que te aconteceu? Estás de muletas?
Lá está, voltamos a jogar ao óbvio… “O que me aconteceu? Défice de atenção ou então vontade de alegrar o dia dos tipos que frequentam o café à porta de minha casa… como gosto de animar o pessoal atirei-me para o chão e fiquei à espera do sorrisinho na cara dos transeuntes” Em relação ao estar de muletas acho que é obvio não é? É a mesma coisa que ir a um restaurante à 13h e ter um empregado a perguntar se vamos almoçar….

Portanto fica o relatório:

Estou de muletas, não… não é grave… apenas um entorse e orgulho ferido… no final da semana estou pronta para outra… Até porque o fim-de-semana passado não foi de acordo com o que o médico receitou… deveria ter sido calmo, devia ter ficado quieta sem esforçar muito o pé… mas a verdade é, desde quando é que eu faço exactamente aquilo que me mandam?!

segunda-feira, fevereiro 25

Como começar em grande

Não há nada melhor do que começar um dia de 4 no chão.
Portanto uma tipa levanta-se e pensa “é sexta-feira, só falta mais hoje e tenho direito a descanso” e depois cai estatelada no meio do chão a caminho do carro.

Resultado: salto partido, colans rasgadas, joelho esfolado e negro, uma bela entorse… Não há nada melhor do que começar o fim-de-semana de muleta, anti-inflamatórios e coisas que tal…

quinta-feira, fevereiro 21

Nova tecnica de combate



Quando os tipos da engenharia começarem com termos complicados já sei como responder! ahahah

A história do requisito

Era uma vez um requisito que tinha dois anos e estava muito atrasado para entrar em produção.
Certo dia esse requisito antigo encontrou um requisito novo e decidiram que iam trabalhar juntos porque o antigo achava que não era capaz de resolver os problemas sozinho.

O novo requisito ficou muito contente e decidiu que ia ajudar o antigo, que ia dar uma imagem nova e que ia resolver muitos dos problemas que o mais antigo não conseguia.

Chegado o dia em que o requisito novo ia finalmente ajudar e resolver os problemas, em que ia deixar de ser uma possível solução e passar a ser uma realidade, o requisito reparou que não ia ver a luz do dia. Apesar de tudo o requisito velho tinha muita força e era o que estava implementado…

As coisas complicaram-se porque na realidade o requisito velho já não devia existir e nunca deveria ter ficado à vista de toda a gente. Alguém explicou que se deveria aguardar mais um tempo, talvez as coisas não fossem tão graves e que o requisito novo ficasse à vista…

Estamos a aguardar…. Aguenta coração!

segunda-feira, fevereiro 18

Que fique registado o estado de espirito de hoje




I'm only happy when it rains
I'm only happy when its complicated
And though I know you cant appreciate it
I'm only happy when it rains
You know I love it when the news is bad
Why it feels so good to feel so sad
Im only happy when it rains

O que eu gosto de ouvir

"mas isso nesse estado não vale nada... aliás, vale menos que nada... vale -1 ou -2"

Olha que porra, se vale menos que nada qual é o teu stress?! Não me lembro de ninguém ter pegado nisto antes?!

Como é fácil criticar!

domingo, fevereiro 17

Quem tem noção de prazos que ponha a mão no ar

Como é que é possível que um projecto derrape tanto? Como é que é possível que depois de se comprometerem com uma data nos pedirem um adiamento de alguns dias e que mesmo assim não tenham as coisas prontas?

Dia aqui e dia ali e passamos alguns meses.... mês aqui e mês a li e passamos alguns anos... é aceitável que um projecto que já derrapou DOIS ANOS continue atrasado?

A noção da realidade anda esbatida mas a verdade é que os que andam a ver coelhos brancos a entrar em tocas são sempre os mesmos...

domingo, fevereiro 10

Almoço com tias

Carissimos,

devo confessar que almoçar com pseudo tios e tias é um remédio para a má disposição. Não há nada melhor do que estarmos a ouvir vozes nasaladas, que se tratam por "você" onde o conteudo da conversa aproxima-se do zero ou do nenhum...

Fica a curiosidade:
Como é que aqueles tipos que são morenos de cabelo preto e olhos castanhos conseguem ter todos filhos loiros e de olho azul?
Porque é que elas insistem em andarem cheias de jóias e penduricalhos que mais parecem sinos em animais de quinta?!
Porque é que os putos têm sempre nomes como: Matilde, Bernardo, Mateus, Guilherme, Contancia!?

Note to Myself (2)

Para além de tentar não me lesionar (muito) nos treinos, tenho que começar a proteger as partes do corpo que estão à vista. Andar cheia de nódoas negras atrai atenção em demasia....

quinta-feira, fevereiro 7

À terceira é de vez... ou não

Há-de chegar o dia em que eu vou entender porque é que é tão difícil reunir um grupo de pessoas.

Confesso que tinha ideia que a reunião era só às 11h e que quando cheguei e vi o avisa para as 10h pensei em algumas coisas feias. Levantei-me calmamente (até porque era uma reunião à qual não me estava a apetecer ir) e fui a passo de caracol.

Ia aqui a Je a meio do caminho quando recebe um telefonema a dizer que metade das pessoas estavam atrasadas por causa do transito e perguntava se podia ficar para as 11h. Bem, mal por mal sempre ficava para a hora com que eu estava a contar. Lá voltei para trás e sentei-me no meu querido lugar…

11h e o feitio pensa para si: “ estes tipos estão sempre atrasados não vale a pena ir já”. Lá dei uma tolerância de alguns minutos e fiz-me ao caminho. Passar para o outro lado, entrar no elevador, procurar a sala. Cheguei e para variar era a primeira, esperei e esperei e para meu espanto disseram-me que os mesmo que não estavam às 10h ainda não tinham chegado.

Mas que raio, 11h e ainda estão no transito?! Mas o que é que se passa?! Estes tipos moram no Porto e migram todos os dias para cá!? Como é que às 11 da manha ainda não se entrou no trabalho?!

Moral da história: terceira tentativa da reunião para as 14h30. Vamos lá ver, cheira-me que estes tipos vão estar todos ainda a almoçar…

domingo, fevereiro 3

Ode to... (Final)

Acordo novamente e o silêncio à minha volta torna-se insuportável, mas hoje ganhei coragem e olhei-me ao espelho, Ele continuava ao meu lado, quieto e imóvel, como quem me diz que é indiferente ao tempo e a tudo o que ele representa. Sinto a tua falta, do ombro amigo no qual chorava sem precisar saber a razão, sem ter que inventar algo para me sentir mais aliviada comigo mesma. Porque é que foste embora? Porque é que me deixaste sozinha agora?

Mais uma manhã, mais um dia, mais uma semana e a distancia que nos separa é cada vez menor, mesmo quando a ultima vez que te vi já vá longe... Os dias são maiores e se calhar é por isso que não consigo parar de pensar em ti, pois é... estou a morrer de saudades, mas não são saudades tuas unicamente, são de tudo o que fazíamos juntas, do tempo que passávamos e que agora perdemos.

A pouco e pouco vou conseguindo recuperar o que perdi, vou abrindo os braços para novas emoções, o meu mundo vai sendo recriado, passo a passo vou ganhando confiança, tentando desprender-me de tudo o que me mantinha prisioneira do meu ser, não imaginas como tenho melhorado...
Não imaginas o esforço que tenho feito para me dar uma nova oportunidade.O sol já vai alto e agora brinco como se fosse criança outra vez, tenho vontade de correr pelas ruas a gritar como se nada me importasse, como se fosse livre, inocente, feliz e lembro-me de ti, tu estás no centro do meu mundo. Decidi voltar a antigos hábitos, voltei a passear sozinha, voltei a cantar, voltei a viver, nada posso fazer para mudar o que se passou e se assim é vou viver da melhor maneira possível.

A noite chegou e com ela um universo de sonhos e de símbolos, com eles acordo sem saber o que fazer, muito menos o que significam, vejo pessoas, lugares e apesar de os reconhecer não sei onde pertencem...
Será que o vazio já tomou parte de mim e me fez escrava do seu Mundo?

Apesar de já me ter conformado que agora as coisas têm que ser diferentes ainda me resta um bocadinho de esperança que me deixa sonhar com algo que já faz parte do passado. Bem sei que prometi a mim mesma que ia parar com esta paranóia, até me convenci que neste estado não iria a lado nenhum. Mas tu sabes, é mais forte que eu... Sempre foi!

É como se estivesse contigo neste preciso momento, vejo-te tão bem a abanar a cabeça, tal e qual um Velho do Restelo que me obriga a ter os pés pregados ao chão.Sabes que ainda olho para a porta à espera de reconhecer algum movimento? Que estúpido da minha parte, nada do que passou volta atras, suponho que são as leis da vida, não é?

Ainda olho para o espelho, tal como fazia quando era menina, e tento descobrir as maravilhas que estão do outro lado. Um mundo colorido que se esconde numa marca de água que por vezes é impossível ultrapassar. Mas nada disso importa, o espelho tinha que ser partido, algum dia teria que ser.
Ontem sonhei com um cisne preto, preto como o céu numa noite de lua nova e era tão lindo! De uma beleza rara, triste mas deprimentemente apaixonante. Estava só num lago estranho, o silêncio tomava conta de tudo e com se fosse de um outro planeta não parava de cantar, um canto que percorria o mundo inteiro tal como o silêncio daquele lago.
Era lindo, precisavas de ver...

Hoje iniciei uma nova etapa!Num rasgo de fúria deitei tudo fora...
Acreditas que ganhei coragem após tantas tentativas falhadas ?! Agora que o fiz não sei bem o que pensar... Achas que me vou arrepender ?!Há tanta coisa que nos fazem viajar ao passado, pequenas caixas cheias de cartas, uma fotografia já sem cor e tudo isto para quê ?! Sabes... viajar ao passado não é tão bom como imaginava. Fica-se preso a um furacão de emoções, dor, saudade, alegria, tristeza... Fica sempre qualquer coisa para trás... como se um bocadinho de nós se perdesse cada vez que lá vamos. Mas hoje deixei de me importar com isso, sempre ouvi dizer "recordar é viver!" e não quero pensar em mim como uma pessoa que tem medo de reviver os episódios mais importantes da sua vida.

Se calhar não devia ou quem sabe não podia, mas isso já não importa. O que está feito, feito está. E agora é só olhar em frente!

sexta-feira, fevereiro 1

Ode to... (2)

Hoje voltei a acordar, mas aquela solidão tinha mudado, deixando de ser solidão por estar sozinha, mas sim solidão por estar cheia de gente à minha volta, sem me identificar com ninguém...E agora tenho Saudades, não saudade do tempo passado, mas sim do que ainda vai chegar, saudade daquilo que sei que já perdi, perdido para o fundo do mar do meu ser, e não serei mais a mesma, tomo como promessa e igualmente como desejo, como esperança, pois sei que não sou a única a depender de mim, de mim dependem as estrelas do meu Mundo, de mim dependem aqueles por quem sofro, pois de mim dependem todos aqueles que me olham, simplesmente de mim não depende ninguém.Agora que estou acordada, longe do Mundo que me viu nascer, entendo o que vias em meu lugar, compreendo todos aqueles olhares de reprovação, de carinho e quem sabe de mágua.Ninguém te olhou tal e qual te olho agora, e não, não te odeio por me teres roubado a inocência do olhar, não te odeio por me teres feito abrir os olhos para a realidade onde vivo...

Sentada leio o livro da minha vida e sinto que algo me fugiu das mãos como grãos de areia que outrora tentei prender, vejo o barulho à minha volta, sinto os movimentos constantes e quietos que me envolvem como se de uma festa se tratasse, mas diz-me, ainda brincas com o vento e imaginas os segredos que ele te conta?Ainda olhas para as nuvens e vês as telas de cinema onde reis e rainhas lutam pelas suas vidas?Se pudesse confessava-te que estou com medo, Ele envolve-me nos seus braços e mantém-me afastada de tudo e todos, sente ciúmes daquilo que é meu e num acto de loucura tenta roubar-me tudo que conquistei. Estou sozinha, tenho medo, sim, estou apavorada, olho à volta e vejo que nada construí, apenas deitei tudo fora, nada me pertence, é tudo dele, tudo dele, maldito seja! Mas como lutar, não me olho ao espelho, pois não me reconheço, mais uma vez Ele está ao meu lado...
Acordo novamente e o silêncio à minha volta torna-se insuportável, mas hoje ganhei coragem e olhei-me ao espelho, Ele continuava ao meu lado, quieto e imóvel, como quem me diz que é indiferente ao tempo e a tudo o que ele representa. Sinto a tua falta, do ombro amigo no qual chorava sem precisar saber a razão, sem ter que inventar algo para me sentir mais aliviada comigo mesma. Porque é que foste embora? Porque é que me deixaste sozinha agora?